CONTABILIDADE AVANÇADA


De um modo geral, o termo investimento tangencia o conceito de ativo, designando todas as aplicações de recursos feitas pela empresa a fim de atingir seus objetivos operacionais. Neste sentido, é que se comenta em “retorno sobre o investimento”, que nada mais é do que a comparação do lucro operacional com o total aplicado pela empresa em seu ativo, ou ainda, nos fluxos de caixa, quando é dividida a movimentação decorrente das atividades de investimentos. 

Sabendo disso e também com relação às classificações dos investimentos, assinale a alternativa correta:


Para a empresa que, por qualquer condição de mercado, passa a ter capital de giro ocioso por um certo período e não quer que esse capital fique parado sem proporcionar rendimentos à entidade empresarial, a única solução é não aplicar esse disponível em investimentos de natureza temporária, para não correr riscos de mercado.


Aplicações financeiras de liquidez imediata (fundos bancários, poupanças, ouro, moedas estrangeiras etc.) são exemplos de investimentos classificados no Realizável a Longo Prazo.


Os investimentos temporários jamais serão classificados no Ativo Realizável Longo Prazo.


A Lei nº 6.404/1976, traz em seus artigos 183 e 248, o estabelecimento de duas formas, ou melhor, dois métodos para avaliação dos investimentos, sendo Método do Custo de Aquisição e Método da Equivalência Patrimonial.


Abrange apenas as aplicações feitas pela empresa em valores que estejam ligados diretamente às suas atividades operacionais, especialmente em títulos e valores mobiliários, seja em caráter temporário ou permanente

O balanço social, pelas informações que apresenta, evidencia significativo diferencial para a imagem da empresa e isto é cada vez mais valorizado por investidores e consumidores - tanto no Brasil quanto no mundo. 

Desta forma, analise as alternativas a seguir sobre o Balanço Social e assinale a INCORRETA:


O balanço social é uma ferramenta de medição e divulgação da responsabilidade e do acompanhamento social, pois sendo utilizado como instrumento de gestão de negócio, agrega valores à empresa e certamente amplia o exercício da cidadania.


Não são necessários muitos esforços para entender a importância da entidade empresarial elaborar e divulgar o balanço social, tendo em vista que todos se beneficiam de tal ato.


O “avanço” desse balanço permite às empresas prestar contas apenas aos proprietários e gestores de como é o seu processo de industrialização, seu relacionamento na comercialização e na prestação de serviço, durante e no pós-venda e maior rigor com o tratamento de resíduos para que o meio ambiente não seja atingido. Afinal, o objetivo da contabilidade é gerar informações para auxiliar na tomada de decisões, e esse é um dos papéis do balanço patrimonial.


Considerando os efeitos da globalização, este tipo de informação é de suma importância, pois o comércio internacional movimenta milhares de tipos de mercadorias e isso requer ética e transparência na movimentação de todas estas mercadorias, demonstrando publicamente a periculosidade e os riscos a que os consumidores estão possivelmente expostos.


Esse instrumento traça um paralelo entre os consumidores e os fabricantes que produzem os mais diversos itens de consumo, com menor risco à saúde e à segurança, procurando agregar valores com o envolvimento dos consumidores até nos riscos do meio ambiente.

A obrigatoriedade da elaboração e publicação da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pelas sociedades por ações estava prevista até 31/12/2007 no inciso IV do art. 176 da Lei nº 6.404/76, exceto para as companhias fechadas cujo patrimônio líquido, na data do balanço, não fosse superior a um milhão de reais. Entretanto, a partir de 01/01/2008, por meio da publicação da Lei nº 11.638/07, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) foi substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). 

Sobre a DOAR, é INCORRETO afirmar que:


Não se pode esquecer que o Balanço Patrimonial, acompanhado da Demonstração do Resultado Abrangente, são peças contábeis que relatam mais a realidade financeira da empresa, enquanto a realidade econômica é apresentada com mais elementos e com maior clareza por meio da DOAR.


É comum os empresários, ao deparar-se com um balanço patrimonial, querer obter conclusões por uma ótica eminentemente financeira, e o balanço deve ser visto, como regra, mais por uma ótica econômica; assim, eis aí a utilidade da DOAR, pois esta demonstração proporciona ao usuário das informações contábeis uma visão da empresa segundo a ótica financeira.


Vale ressaltar que muitas das dúvidas de cunho financeiro, apresentadas pelos empresários aos profissionais da contabilidade, eram esclarecidas pela elaboração da DOAR.


A DOAR evidenciava em um determinado período, as modificações que originavam as variações na posição financeira, ou seja, no capital circulante líquido da entidade.


Todos os fatos que modificam o capital circulante líquido da empresa faziam parte dessa demonstração, que é útil para compreender a evolução da posição financeira da empresa, bem como para assimilar a política adotada pela sua diretoria na gestão dos seus recursos.

Os itens que compunham a DOAR estava disciplinada pelo art. 188 da Lei das S.A., e pela NBC T 3.6 - Da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, aprovada pela Resolução CFC nº 686/90, que foi revogada pela Resolução CFC nº 1.283/10. É interessante observarmos que muito embora o conteúdo da demonstração apresentado em ambas as normas fosse basicamente o mesmo, a disposição da apresentação não era coincidente. Como principal diferença, podemos citar que a Lei das S.A., incluía o lucro do período entre as origens de recursos e a NBC T 3.6 trazia o lucro do período ajustado em item separado das demais origens. 

Tendo em vista a composição da DOAR, assinale a alternativa INCORRETA:


No Balanço Patrimonial, temos as contas representativas dos bens e direitos, que chamamos de Ativo, da mesma forma que, temos as contas que representam as obrigações com terceiros e com os sócios, que chamamos de Passivo e Patrimônio Líquido, respectivamente.


Por sua vez, as aplicações dos recursos correspondem aos investimentos dos recursos da empresa, ou seja, onde a entidade empresarial está investindo seus recursos.


De um modo geral, podemos entender que as origens dos recursos correspondem às fontes de financiamentos dos recursos que a empresa possui, ou seja, de onde vieram os recursos que compõem o patrimônio.


O art. 188 da Lei das S.A., relacionava apenas os seguintes itens a serem discriminados na DOAR, sendo as origens dos recursos, agrupadas em: lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado pela variação nos resultados de exercícios futuros; realização do capital social e contribuições para reservas de capital; recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo.


Assim sendo, temos que as origens e as aplicações de recursos decorrem de fatos administrativos que diariamente acontecem na empresa. Todavia, nem todos os fatos administrativos que ocorrem na empresa interferem na DOAR. Para que possa interferir e fazer parte dela, da DOAR, é preciso que o fato administrativo provoque, direta ou indiretamente, modificação no CCL ou CGL.

Vimos em nossa disciplina que a aplicação do conceito de Ajuste a Valor Presente não deve ser confundida com a de valor justo. Por exemplo, a compra financiada de bem por cliente especial, que por essa condição não tem computado no financiamento as taxas usuais de mercado, faz com que o ativo, pelo comprador, seja levado a um valor inferior ao valor justo, prevalecendo contabilmente aquele primeiro por melhor representar o efetivo custo de aquisição. Já o vendedor reconhece a contrapartida do Ajuste a Valor Presente do seu recebível como redução de receita. Desta forma, analise os itens a seguir:

I - O Ajuste a Valor Presente de Ativo deve ser computado na determinação do lucro real no mesmo período em que a receita ou resultado da operação será oferecido à tributação, devendo ser computado na receita com base em seu valor “integral” conforme documentos fiscais.

II - De igual modo, o Ajuste a Valor Presente do Passivo - obrigações, deverá ser computado na determinação do Lucro Real no período em que: for revendido ou utilizado como insumo na produção de bens ou serviços; ocorrer a realização do ativo (via depreciação, exaustão, amortização, alienação ou baixa); a despesa ou o custo forem incorridos e a despesa for computada em seu valor “integral” conforme documentos fiscais.

III - Qualquer situação pode-se utilizar o AVJ, exceto em situações específicas, por exemplo, em casos de ativo biológico ou em alguns instrumentos financeiros, no qual ele não precisa reconhecer o Ganho ou a Perda.

IV - A perda decorrente do AVJ somente poderá ser computada na determinação do Lucro Real à medida que o ativo for realizado, ou quando o passivo for liquidado ou baixado, e desde que a redução no valor do ativo ou aumento no valor do passivo esteja evidenciada contabilmente em conta vinculada ao ativo ou passivo.

Está correto apenas o que se afirma em:


I e III.


I, III e IV.


I, II e III.


I e II.


I, II e IV.

Estudamos em nossa disciplina que na elaboração do balanço patrimonial com transações estrangeiras ou operações realizadas no exterior, devem ser observados alguns aspectos importantes. Sendo assim, analise os itens a seguir:

I - Os valores registrados de moeda estrangeira devem ser convertidos pela taxa de fechamento do ano-calendário.

II - Os valores não monetários (ativos e bens) registrados nos seus valores pelo custo histórico adquiridos em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se a taxa cambial da data da transação.

III - Os valores não monetários que são mensurados ao seu valor justo em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se as taxas cambiais da data em que o valor justo for determinado.

IV - Os valores monetários que não são mensurados ao seu valor justo em uma moeda estrangeira devem ser convertidos usando-se as taxas cambiais da data em que o valor de mercado for determinado.

 

Está correto apenas o que se afirma em:


I, III e IV.


II e III.


I, II e IV.


I, II e III.


I e II.

A dissolução de uma sociedade e a consequente liquidação de seus bens está cercada de vários aspectos societários, comerciais, tributários, trabalhistas e contábeis que, na maioria das vezes, se estendem por um longo período de tempo. Vale reforçar, por exemplo, um período de recessão econômica como o que estamos vivendo nos últimos meses no Brasil, onde processos como esses, de reorganização societária, acabam tornando-se “comuns” se comparado a outros períodos. 

Neste contexto, julgue os itens a seguir:

I - Levando em conta o aspecto contábil, a liquidação de uma sociedade é uma situação particular do patrimônio, pois este deixa de ter uma função potencial na atividade empresarial e se reveste da expectativa de sua realização por seu valor de mercado, que se opõe à orientação contábil predominante de registro pelo custo de aquisição dos bens, direitos e obrigações.

II - Na liquidação, a estática e a dinâmica patrimonial se alteram substancialmente, pois as operações realizadas no período de tempo entre a decisão de liquidar e a efetivação da liquidação não são aquelas próprias do exercício da atividade para a qual o patrimônio foi reunido pelos sócios.

III - A estrutura formal do balanço patrimonial perde o sentido prático, uma vez que os bens e os direitos estão todos destinados à realização precipitada e as obrigações devem ser honradas no prazo mais breve possível.

IV - Resumindo: a liquidação nada mais é do que a operação de não realizar efetivamente os ativos, concomitantemente aos não pagamentos das dívidas perante terceiros, por meio da qual apura-se, de forma prática, o patrimônio líquido que corresponderá ao valor a ser restituído aos sócios ou ao montante que os sócios devem cobrir se a quantia arrecadada com a venda dos bens e direitos não for suficiente para a cobertura das dívidas.

 Está correto o que se afirma em:


I, apenas.


III, apenas.


I, II e III, apenas.


I e II, apenas.


II, III e IV, apenas.

A transformação de empresas é a operação pela qual a sociedade passa, independentemente de dissolução e liquidação, de um tipo para outro. Esse processo, de transformação, deverá seguir os preceitos que regulam a constituição e o registro do tipo a ser adotado pela entidade empresarial. 

Com base nessas informações, assinale a alternativa INCORRETA:


Não havendo nenhuma determinação estipulada no estatuto da sociedade empresária, o sócio dissidente será reembolsado pelo valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado com base na situação patrimonial da sociedade, levantada em balanço específico na data em que a transformação for aprovada. 


A falência da sociedade transformada irá produzir efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior da sociedade, a eles estariam sujeitos ou não, se os pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente a estes beneficiará.


A transformação exige a concordância unânime dos sócios ou acionistas, salvo se previsto no estatuto ou contrato social, caso ainda em que o sócio dissidente terá o direito de sair da sociedade.


Um ponto importante a ser discutido é que a transformação não altera em nada os direitos dos credores, que irão continuar até o pagamento integral dos seus créditos, com as mesmas garantias que o tipo anterior de sociedade lhes oferecia.


É importante ressaltar que a falência da sociedade transformada somente irá produzir efeitos em relação aos sócios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares de créditos anteriores à transformação, e somente estes serão beneficiados.

No processo de elaboração das demonstrações consolidadas, existem alguns procedimentos importantes a serem observados e cumpridos. Para a elaboração das demonstrações contábeis consolidadas, a investidora deverá observar os seguintes procedimentos:

I - Excluir os saldos de quaisquer contas ativas e passivas, decorrentes de transações entre as sociedades incluídas na consolidação.

II - Eliminar o lucro não realizado que esteja incluído no resultado ou no patrimônio líquido da controladora e correspondido por inclusão no balanço patrimonial da controlada.

III - Eliminar do resultado os encargos de tributos correspondentes ao lucro não realizado, apresentando-os no ativo circulante/realizável a longo prazo - tributos diferidos, no balanço patrimonial consolidado.

IV - A parcela correspondente à provisão para perdas constituída na investidora não deve ser deduzida do saldo da conta da controlada que tenha dado origem à constituição da provisão, ou apresentada como ativo não circulante, quando representar expectativa de conversão em exigibilidade.

 

Está correto apenas o que se afirma em:


II e IV.


I e III.


II, III e IV.


I e II.


I, II e III.

Assumindo a complexidade da consolidação das demonstrações contábeis, concordamos que as notas explicativas têm um papel fundamental no auxílio a esse processo. Para a complementação de informações no balanço consolidado, será exigido notas explicativas que acompanham as demonstrações contábeis devendo conter informações precisas das coligadas e das controladas. Existem algumas indicações mínimas que devem conter nas notas explicativas. 

Desta forma, assinale a alternativa que NÃO representa uma dessas indicações:


Condições estabelecidas em acordo de acionistas com respeito à influência na administração e distribuição de lucros, evidenciando os números relativos aos casos em que a proporção do poder de voto for diferente da proporção de participação no capital social votante, direta ou indiretamente.


Base e fundamento adotados para constituição e amortização do ágio ou deságio e montantes não amortizados, bem como critérios, taxa de desconto e prazos utilizados na projeção de resultados.


Montante individualizado do ajuste, no resultado e patrimônio líquido, decorrente da avaliação do valor contábil do investimento pelo método da equivalência patrimonial, bem como o saldo contábil de cada investimento no final do período.


Memória de cálculo do montante individualizado do ajuste, quando este não decorrer somente da aplicação do percentual de participação no capital social sobre os resultados da investida, se relevante.


O valor justo da compensação recebida em troca se houver proveniente da transação, evento ou circunstância que resultou na perda do controle.

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